Avaliação da toxicidade aguda do extrato aquoso de Apeiba tibourbou Aubl (Tiliaceae), em camundongos e ratos
Abstract
O teste de toxicidade aguda estima a dose letal mediana (DL50) e classifica os toxicantes quanto à periculosidade, inclusive para extratos de plantas. A espécie Apeiba tibourbou Aubl (Tiliaceae), conhecida como paude-jangada ou pente-de-macaco, é empregada popularmente como antirreumática, antiespasmódica e expectorante, embora seja desconhecida quanto aos seus efeitos tóxicos. Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar o potencial de toxicidade aguda do extrato aquoso de A. tibourbou (EAT), administrado por gavagem, em camundongos fêmeas e ratos fêmeas, seguindo as diretrizes OECD Guideline 423/2001 e o screening hipocrático. Os camundongos fêmeas foram divididos em três grupos de três animais cada (C1 – controle, água filtrada, 0,25 mL; C2 – 300 mg/kg de EAT; e C3 – 2000 mg/kg de EAT). Os ratos fêmeas foram divididos em dois grupos de três animais cada (R1 – controle, água filtrada, 0,5 mL; e R2 – 2000 mg/ kg de EAT). O grupo C2 consumiu 28% de água a mais que o grupo C1 (p < 0,05); o grupo C3 produziu 31% de excretas a mais que o grupo C1 (p < 0,0001); o grupo R2 reduziu o consumo de ração e a produção de excretas em 20% e 28% em relação ao grupo R1 (p < 0,05), respectivamente. No screening hipocrático, nenhuma alteração motora e/ou sensorial foi observada. Não houve morte nem estado moribundo de nenhum animal. Conclui-se que o EAT possui DL50 estimada maior que 2000 mg/kg (Classe 5 de toxicidade, segundo o Globally Harmonized System – GHS, ONU), demonstrando reduzido potencial de toxicidade aguda.