A prática da automedicação por funcionários de uma Instituição de Ensino Superior portadores de enxaqueca
Abstract
O objetivo desta pesquisa foi identificar, na prática de automedicação, possíveis interações medicamentosas e descrever o perfil dos funcionários portadores de enxaqueca de uma Instituição de Ensino Superior localizada no município de Ijuí-RS. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUI. Após a busca dos enxaquecosos, foi aplicado um questionário padronizado com perguntas acerca da patologia. Foram entrevistados, com consentimento, 32 indivíduos, sendo que a maioria (31-97%) tinha idade entre 30 e 39 anos (37,5%), pele branca (94%), eram casados (59%) e, no caso das mulheres, 71% (22) apresentavam ciclo menstrual regular e 55% (17) usavam anticoncepcional oral. Dentre os fatores desencadeantes da enxaqueca, os mais citados foram alguns tipos de alimentos, seguidos do estresse e fatores hormonais associados ao ciclo menstrual. Trinta (93,75%) voluntários praticavam automedicação, sendo que todos faziam uso de analgésicos e associações de fármacos. Portanto, verifica-se uma relação entre a patologia e a automedicação. Foram observadas 15 interações medicamentosas diferentes. Vinte (62,5%) indivíduos foram expostos a, pelo menos, uma interação decorrente da automedicação, ao consumo de medicamentos crônicos prescritos, a álcool e a cigarros. Nesse sentido, cabe ao profissional farmacêutico auxiliar o portador de enxaqueca no reconhecimento dos fatores desencadeantes desse problema para promover o uso racional de medicamentos e incentivar a automedicação responsável.