Tuberculose e o estudo molecular da sua epidemiologia

  • J.R. Pandolfi
  • A.C. Malaspina
  • A.C.B. Santos
  • P.N. Suffys
  • M.A.C. Oellemann
  • S.R. Valentini
  • C.Q.F. Leite
Keywords: Mycobacterium tuberculosis; tuberculose; epidemiologia molecular; genotipagem.

Abstract

A existência de sistemas que possam diferenciar cepas de Mycobacterium tuberculosis epidemiologicamente relacionadas daquelas não relacionadas, são ferramentas importantes. A tuberculose é uma doença infecciosa, na qual técnicas de biologia molecular permitem a obtenção de informações muito difíceis ou impossíveis de serem alcançadas pela epidemiologia clássica. Um método de tipagem discriminatório, baseado no DNA genômico bacteriano, denominado RFLP (polimorfismo de comprimento de fragmentos de restrição), é empregado no estudo epidemiológico da tuberculose. Entretanto esta técnica é trabalhosa e sua substituição é uma tendência. Assim, outras seqüências têm sido usadas como marcadores epidemiológicos, como na Spoligotyping, a qual é baseada na PCR, com hibridização diferencial subseqüente dos produtos amplificados. O polimorfismo observado nas diferentes amostras é provavelmente produto de recombinação homóloga. A técnica de MIRU (mycobacterial interspersed repetitive unit) é um sistema rápido e reprodutível, onde ocorre a geração de genótipos baseados no estudo de 12 loci contendo VNTRs (número variável de repetições em seqüência) do complexo M. tuberculosis. Ela compara as cepas de áreas geográficas diferentes e permite o rastreamento do movimento de linhagens individuais, como no RFLP. Este tipo de abordagem permite a análise de maior número de cepas e a identificação de um número maior de focos de contaminação dentro da população, propiciando melhores maneiras de frear a transmissão da doença.

Published
2007-09-01
Section
Narrative Review