Avaliação de prescrições de medicamentos para pacientes com Diabetes Mellitus atendidos por uma Unidade Básica de Saúde
Abstract
O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos, devido à redução da sensibilidade dos tecidos a este hormônio. O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), atinge entre 80 a 90% da população diabética, sendo que cerca de 7,6% dos indivíduos com idade entre 30 e 69 anos são portadores de DM, aumentando para 20% nos pacientes com idade superior a 70 anos. Além da obesidade, o aumento da mortalidade nos pacientes com DM2 está relacionado à agregação de vários fatores de risco, como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e ausência de informações do paciente em relação à sua patologia. O tratamento do DM baseia-se no aumento da atividade física, suspensão do fumo, hábitos alimentares corretos e, se necessário, uso de insulina e antidiabéticos orais. Esse trabalho realizou um levantamento farmacoepidemiológico com 130 pacientes portadores de DM atendidos pela UBS São José em Ribeirão Preto, SP. Foram avaliadas as 130 prescrições medicamentosas indicadas aos usuários, com relação aos fármacos prescritos, bem como as doses e o tipo de DM de cada paciente. Os pacientes diagnosticados com DM2 utilizaram para o tratamento quatro esquemas terapêuticos distintos: monoterapia com glibenclamida (38,5%), monoterapia com metformina (24,6%), metformina associada com glibenclamida (19,2%) e metformina associada com insulina (5,4%). Dos usuários, 12,3% eram portadores de DM1 e utilizaram apenas insulina. Concluiu-se que a prescrição racional e o seguimento farmacoterapêutico podem diminuir a incidência de comorbidades e melhorar a adesão dos pacientes portadores de DM.