Perfil epidemiológico relacionado aos casos de letalidade por leishmaniose visceral em Alagoas: uma análise entre os anos de 2007 a 2012
Abstract
A Leishmaniose visceral é uma doença zoonótica de transmissão vetorial crônica grave, potencialmente fatal para os homens. No Brasil, apresenta grande relevância na saúde coletiva, com elevadas taxas de incidências e de letalidades. O estudo teve como objetivo pesquisar os aspectos epidemiológicos relacionados aos óbitos por Leishmaniose visceral em Alagoas. Utilizou-se o método epidemiológico descritivo e os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério de Saúde do Estado de Alagoas. O estudo compreendeu um período de seis anos (2007 a 2012). As variáveis estudadas foram: taxa de letalidade, sexo, faixa etária, ocupação, duração da doença, tempo decorrido dos primeiros sintomas, ate a instituição no tratamento, tempo decorrido do início do tratamento até óbito. Foram registrados 23 óbitos de um total de 210 casos confirmados no período, representando uma letalidade de 11%, A letalidade foi ascendente nos últimos três anos (2010-5,55%, 2011-16,21% e 2012- 14,70%). As maiorias dos óbitos foram de pessoas do sexo masculino. (60,86%). Em relação à ocupação, os estudantes obtiveram maior índice de óbitos com 19,9%. O tempo de evolução da doença ate o óbito foi curto para importante parcela dos pacientes. O aumento da letalidade ocorre devido ao baixo nível socioeconômico, presença de complicações e tratamento e diagnostico tardio.